TPM. Estas 3 siglas são conhecidas por milhões de mulheres e representam uma fase dolorosa e cheia de sintomas do ciclo menstrual.
A síndrome pré-menstrual (SPM), também conhecida como tensão pré-menstrual (TPM), é representada por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, que apresentam caráter cíclico e recorrente, iniciando-se na semana anterior à menstruação e que aliviam com o início do fluxo menstrual. Esses sintomas ocorrem de uma a duas semanas antes do início da menstruação, ou seja, durante a fase lútea, sendo tipicamente grave o suficiente para interferir em alguns aspectos da vida.
Ainda é desconhecido o mecanismo pelo qual a TPM ocorre. Contudo, a atividade cíclica ovariana e os efeitos dos hormônios estradiol e progesterona sobre neurotransmissores como a serotonina são um dos possíveis mecanismos pelos quais elas ocorrem. Outras possíveis causas são a baixa concentração de vitamina B, vitamina D, cálcio e magnésio, visto que são vitaminas essenciais para a síntese de neurotransmissores e para garantir um equilíbrio hormonal.
Os sintomas mais comuns são aumento do tamanho e da sensibilidade das mamas, dor e inchaço nas pernas e, às vezes, no corpo todo, ganho de peso, dor de cabeça, fadiga, aumento do volume abdominal, acne, ansiedade, irritabilidade, depressão, mudanças de humor, depreciação da autoimagem e alteração do apetite. Ufa, que lista! A intensidade e a qualidade dos sinais e sintomas encontrados são muito variáveis de mulher para mulher e têm sido relatados desde a menarca (primeira menstruação) até a menopausa. A maioria das mulheres busca ajuda para a TPM por volta dos 30 anos, após 10 anos ou mais convivendo com os sintomas.
Mesmo diante destes sintomas, há uma boa notícia: a TPM tem tratamento. Isso mesmo, você não precisa conviver todo mês com dores e oscilações de humor e apetite.
O tratamento da TPM pode ser de forma medicamentosa (por exemplo, anticoncepcionais) ou não medicamentosa, com mudanças no estilo de vida como prática de atividade física, melhora dos hábitos alimentares (incluindo mais vegetais, frutas, sementes, verduras e grãos) e uso de suplementação de vitaminas e outros nutrientes, além de melhorar a qualidade do sono.
As vitaminas e minerais com maiores efeitos positivos na diminuição dos sintomas da TPM são o magnésio (essencial para a síntese de dopamina no cérebro, estimulando a alegria), as vitaminas do complexo B, principalmente a vitamina B6 (envolvida na produção de serotonina, que gera bem-estar, relaxamento e disposição), além de cálcio e vitamina D (que possuem níveis baixos durante o ciclo menstrual, acarretando os sintomas da TPM). Estudos mostram que a incidência de TPM é baixa entre mulheres que se alimentam com dietas ricas em vitaminas e minerais, ou seja, que incluem legumes, verduras, frutas, oleaginosas, sementes e proteínas em suas refeições. Quando o consumo destes alimentos não é suficiente através da alimentação, a suplementação é recomendada, visando atuar no tratamento e diminuição dos sintomas da TPM.
Um dos sintomas mais recorrentes na TPM é a mastalgia, que causa muita dor nas mamas, que também ficam pesadas e duras. Durante o ciclo menstrual ocorre a produção de citocinas pró-inflamatórias, que podem ser responsáveis pelo aumento do processo inflamatório, causando a mastalgia e também as temidas cólicas. Os nutrientes que já são reconhecidamente utilizados para diminuir estes sintomas são os ácidos graxos alfa linolênico (ALA), um tipo de ômega 3 encontrado em sementes de chia, linhaça e abóbora e gama linolênico (GLA), um tipo de ômega 6 encontrado em óleos de plantas como prímula e borragem. Estes tipos de ácidos graxos controlam a liberação de moléculas responsáveis pelas respostas inflamatórias do corpo, controlando a inflamação e diminuindo os sintomas de mastalgia e cólicas.
Portanto, pare de sofrer e estagnar sua vida naqueles temidos dias. É possível combater e tratar a TPM mudando aos poucos sua rotina de exercícios, sono e alimentação e ter uma vida plena.
Fonte consultada:
1 - SAÚDE, Biblioteca Virtual em.
Distúrbios do sono.
2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2055-disturbios-do-sono. Acesso em: 15 jun. 2020.
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